Flauta doce

A flauta existe desde a Idade da Pedra, sendo dos instrumentos mais antigos usados pelo Homem. Além disso, encontra-se em praticamente todas as culturas. Assim, torna-se impossível traçar a história, ainda que resumida, da flauta nas suas múltiplas formas.

Parte física

A flauta é dividida em cabeça, corpo e pé. Na cabeça ficam o bico ou ponta, a janela e a embocadura. No corpo e no pé ficam os orifícios. A união da cabeça com o corpo e do corpo com o pé se chama junta ou nó. Veja abaixo a ilustração da posição das peças em uma flauta doce:

A física do instrumento

Para produzir os sons diferentes (notas diferentes) em um instrumento de sopro, como é o caso da flauta doce, o músico sopra no bocal ao mesmo tempo em que os dedos tampam e destampam os orifícios ao longo do corpo da flauta. Tal ação provoca mudanças no comprimento da onda estacionária, que corresponde ao comprimento da coluna de ar no interior do instrumento. Isso também confere ao tom uma correspondente queda ou elevação da altura. Em termos físicos a altura é a frequência. Então um som mais baixo é um som mais grave e um mais alto é mais agudo.

Acústica

A onda estacionária que me refiro acima nada mais é do que as ondas sonoras que são emitidas e percorrem o corpo da flauta sofrendo interferência com as ondas refletidas nas paredes internas do instrumento. Veja abaixo a representação de uma onda estacionária clicando na figura (a onda estacionária é a de cor preta):

A flauta doce é considerada como sendo um tubo aberto. Em um tubo aberto as ondas sonoras se comportam de um modo diferente em relação ao tubo fechado. Podemos ver na figura abaixo que a onda estacionária longitudinal formada apresenta um ventre nas duas extremidades. O modo mais simples de vibrar corresponde a um nó no ponto central. Podemos ver que a cada novo modo de vibração, surge mais um nó intermediário.

A distância entre dois ventres consecutivos é igual a meio comprimento de onda, ou seja, (λ/2), temos que a frequência é dada por f = v/λ. Na equação, v é a velocidade da onda dentro do tubo. Desta forma, podemos estabelecer que:Em um tubo aberto, as frequências naturais de vibração são dadas pela seguinte equação:

Para N = 1 temos a frequência fundamental, para N = 2 temos o segundo harmônico, para N = 3 temos o terceiro harmônico, e assim por diante.

Curiosidades

Existem basicamente dois tipos de digitação na flauta doce. A germânica e a barroca. E mesmo estes dois tipos são muito similares, sendo diferentes apenas nas notas FA e FA#.

A digitação barroca foi a primeira digitação a se popularizar, no início do sucesso da flauta doce, muitos séculos atrás. Durante um tempo a flauta doce foi esquecida e na Alemanha ela foi redescoberta e uma nova digitação, que facilitava a escala de DÓ Maior foi criada.

Esta digitação germânica facilitava algumas notas, porém, complicava outras. Hoje em dia a flauta doce mais vendida é a modelo soprano, que pode ser encontrada nas duas versões, germânica e barroca. Não é comum encontrar os outros modelos de flautas doce sendo vendidas no modelo germânico, apenas no barroco.

Muitos não sabem, mas existem vários tipos de flauta doce:

sopranino - sons agudíssimos
Soprano - sons agudos, a mais popular, fazendo com que muitos pensem que só ela é a "flauta-doce".
Alto ou contralto - sons agudos e médios
Tenor - sons médios e graves.
Baixo - sons graves e gravíssimos.
Contrabaixo - sons gravíssimos. As flautas doces são afinadas em DÓ e em FÁ:

Depois de você aprender todos esses conceitos e curiosidades sobre a flauta doce assista o vídeo abaixo. Nele uma mulher toca a música "The Scientist" da banda Coldplay com uma flauta doce. Bom vídeo!

Referências

http://www.aulasdemusica.com.br/sp/blog/breve-historia-da-flauta-

http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/tubos-sonoros.htm

http://musicalizandu.blogspot.com.br/2011/03/curiosidades-sobre-flauta-doce-fonte.html

Livro Forças Físicas - Ciência e Natureza; Abril Coleções

Imagens:

www.infantividades.com.br

essaseoutras.xpg.com.br

lecturaenlaieensa.blogspot.com